sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Inevitabilidade Genética

"Os genes raramente dizem respeito à inevitabilidade, especialmente quando se trata de seres humanos, o cérebro ou comportamento. Eles dizem respeito às vulnerabilidades, propensões e tendências." - Robert Sapolsky

O quanto a genética importa para o desempenho esportivo? (Ou, também, quem se importa com isso?)

Cerca de 20.000 genes agem sobre aquilo que define geneticamente enquanto seres humanos. Contudo, uma variação substancial existe entre os genomas individuais de cada pessoa. Existe uma grande quantidade de fenótipos humanos no que diz respeito a força muscular, estrutura esquelética, elasticidade dos tendões e capacidade cardíaca e pulmonar, e limiar anaeróbico, fatores que influenciam no desempenho nos esportes.
Muitos destes genótipos preferíveis para o desempenho esportivo são raros e suas combinações ainda mais raras. Em teoria, a chance de uma pessoa apresentar o genótipo perfeito para atividades esportivas é muito menor que 1 para cada 20 milhões e esta figura é crescente a medida que polimorfismos favoráveis são descobertos.
Enquanto que a genética nos limite enquanto indivíduos, incluindo nosso potencial para excelência nos esportes, treinamento, alimentação, higiene do sono e outros fatores respondem por grande parte do desenvolvimento do potencial que temos. Você pode ser um em vinte milhões e ter o potencial genético para ser um campeão olímpico, mas se você tiver um estilo de vida de má alimentação e nenhum exercício você não irá atingir esse potencial. Mesmo entre atletas de elite, as vantagens do genótipo só se traduzem para o fenótipo de um campeão através da influência de fatores ambientais, psicológicos e sociais.
Por outro lado, independente da limitação que a sua genética impõe, se você encontrar formas de se exercitar e tiver criatividade para compensar as limitações, é possível apresentar uma performance substancial. Além disso, é possível colher os benefícios em termos de saúde física, emocional, laços sociais e qualidade de vida.
Habilidades mentais tais como visualização, estabelecimento e adesão às metas, técnicas de aprendizagem e manejo da ansiedade de performance podem ser dominadas por qualquer atleta através da prática. Estas técnicas, em conjunto com um regime de treinamento adequado, são críticas para o sucesso nos esportes e têm muito pouco haver com genética.
Embora muitos atletas de elite sejam agraciados com a genética certa para os esportes nos quais se destacam, atletas recreacionais podem alcançar o pico de suas habilidades com bom condicionamento, boa nutrição e uma atitude mental positiva.
Sejam quais forem as suas características genéticas, esporte sempre vale a pena, especialmente se você se divertir muito praticando.

Fontes:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21923202
http://sportsmedicine.about.com/…/anatomyand…/a/genetics.htm
http://www.scielo.br/scielo.php
http://bmb.oxfordjournals.org/content/93/1/27.full

Consultório de Psicoterapia Cognitivo-Comportamental Cláudio Raul Drews Jr.:http://www.facebook.com/crdrewstcc

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