O dilema do porco-espinho diz respeito à noção de que quanto mais próximos estão dois indivíduos, maior a probabilidade deles se ferirem mutuamente; contudo, mantendo-se distantes, irão sentir a dor da solidão. Daí a imagem do porco-espinho, com seus afiados espinhos nas costas, que irão machucar outro porco-espinho que se aproximar.
É uma idéia análoga à relação entre dois seres humanos. Se vierem a se importar e a confiar um no outro, alguma tragédia que venha a acontecer com um poderá ferir o outro da mesma maneira; e a desonestidade entre os dois pode causar problemas ainda maiores.
Acredito que é correto afirmar que a maioria de nós prefere correr o risco de se decepcionar e de sofrer à ficar sozinho, longe da convivência com outras pessoas. Caso contrário a própria perpetuação da espécie humana estaria comprometida, por nossa natural dependência do grupo para proteção, reprodução e desenvolvimento emocional.
Schopenhauer pensava de maneira um pouco diferente...
Ele descreveu o problema da seguinte maneira: alguns porco-espinhos precisavam se agrupar para que pudessem ficar aquecidos. Mas como iriam eles encontrar a distância exata em que ficariam aquecidos sem se machucar? Para Schopenhauer, os porco-espinhos tiveram que sacrificar o calor pelo conforto.
Conta a história que Schopenhauer chegou a conclusão de que se alguém possui suficiente calor interno pode evitar a sociedade e a irritação proveniente da interação social.
Contudo, penso que Schopenhauer já tinha essa idéia sobre o contato social antes mesmo de pensar sobre o dilema dos porco-espinhos, vindo apenas a enquadrar suas próprias frustrações sociais no contexto proposto.
É uma idéia análoga à relação entre dois seres humanos. Se vierem a se importar e a confiar um no outro, alguma tragédia que venha a acontecer com um poderá ferir o outro da mesma maneira; e a desonestidade entre os dois pode causar problemas ainda maiores.
Acredito que é correto afirmar que a maioria de nós prefere correr o risco de se decepcionar e de sofrer à ficar sozinho, longe da convivência com outras pessoas. Caso contrário a própria perpetuação da espécie humana estaria comprometida, por nossa natural dependência do grupo para proteção, reprodução e desenvolvimento emocional.
Schopenhauer pensava de maneira um pouco diferente...
Ele descreveu o problema da seguinte maneira: alguns porco-espinhos precisavam se agrupar para que pudessem ficar aquecidos. Mas como iriam eles encontrar a distância exata em que ficariam aquecidos sem se machucar? Para Schopenhauer, os porco-espinhos tiveram que sacrificar o calor pelo conforto.
Conta a história que Schopenhauer chegou a conclusão de que se alguém possui suficiente calor interno pode evitar a sociedade e a irritação proveniente da interação social.
Contudo, penso que Schopenhauer já tinha essa idéia sobre o contato social antes mesmo de pensar sobre o dilema dos porco-espinhos, vindo apenas a enquadrar suas próprias frustrações sociais no contexto proposto.
3 comentários:
Muito esclarecedor. Parabéns
Gostei da forma que comparou com os humanos. Eu vi a citação desse dilema numa animação, e queria saber mais, obrigado por esclarecer.
Drews você tem uma excelente capacidade de síntese. Em um pequeno texto conseguiu apresentar as idéias de shopenhauer, mergulhar no pessimismo e vir à tona pela correta escolha ! Meus cumprimentos !
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