Hoje eu estava num rodízio de pizzas, acompanhado de alguns amigos e de um pessoal muito legal, quando foi posto a mesa o seguinte chiste:
Bom, não encontramos a resposta para estas perguntas quando não somos capazes de enxergar além daquilo que é delimitado pela própria pergunta. Vamos analisar as informações que são oferecidas pelo proposto acima:
Neste caso, mesmo visualizando a cena, nos concentramos nos atos e não nos fatos.
Bastaria concentrar-se no fato da mulher ser casada e deixar de lado a ação que ela e suas companheiras estão realizando, para imaginar qual aspecto visual a distinguiria das demais: a aliança, o símbolo do casamento.
Qual o motivo para nos equivocarmos tão facilmente?
Acredito que seja, principalmente, pelo nosso sistema de ensino, que não instiga os estudantes a ver além daquilo que é delimitado pelos enunciados, a pensar livremente e a buscar as informações que estão implícitas. Aprendemos a usar apenas os pedaços de informação que são lançados nas aulas e levantados nas perguntas dos exames.
Represálias não são incomuns nas poucas vezes em que o estudante ousa ir além daquilo que é proposto pelo professor, apontando para novas maneiras de abordar um assunto ou relacionando outros aspectos de onde emergem padrões inesperados para um conhecimento que é tratado como estático, mesmo no ensino superior, ainda que o discurso político de qualquer instituição diga o contrário. E raros são os professores que lidam de maneira positiva com tais espontaneidades, chegando a incentivá-las.
É vital pra a resolução de problemas a capacidade de articular conhecimentos distintos de maneira harmoniosa e de enxergar além do problema em si. Afinal, um problema é um problema até que alguém apareça com uma solução.
Precisamos ser capazes de pensar fora da caixinha - out of the box - se quisermos verdadeiramente produzir conhecimento, caso contrário nossa produção acadêmica termina em pizza.
"Então falei para ele:Fora a brincadeira, esse é o típico exemplo de pergunta que, uma vez que conhecemos a resposta, exclamamos para nós mesmos: "Porque eu não pensei nisso antes?"
- Três mulheres estão sentadas comendo sorvete. Uma está lambendo o sorvete, a outra está chupando o sorvete e a terceira está mordendo o sorvete. Qual delas é casada?
E ele respondeu, depois de pensar um pouco:
- É aquela que está chupando o sorvete?
E eu disse:
- Não cara, é aquela que está usando aliança... Mas é muito interessante a tua resposta."
Bom, não encontramos a resposta para estas perguntas quando não somos capazes de enxergar além daquilo que é delimitado pela própria pergunta. Vamos analisar as informações que são oferecidas pelo proposto acima:
1. São três mulheres.Quando pensamos "dentro da caixa", somos levados erroneamente a nos utilizar da informação que distingue as três, deixando de lado a informação que é realmente importante e distingue uma das demais, que é o fato de ser casada. É nesta falha de análise que reside o mecanismo principal deste chiste, uma vez que a saída comum é encontrada na malícia ao abstrair a correlação.
2. Elas estão sentadas e comendo sorvete (aspecto comum às três).
3. Uma está lambendo, a outra está chupando e a terceira está mordendo (primeiro diferencial, distingue as três).
4. Uma delas é casada (segundo diferencial, distingue uma das três).
Neste caso, mesmo visualizando a cena, nos concentramos nos atos e não nos fatos.
Bastaria concentrar-se no fato da mulher ser casada e deixar de lado a ação que ela e suas companheiras estão realizando, para imaginar qual aspecto visual a distinguiria das demais: a aliança, o símbolo do casamento.
Qual o motivo para nos equivocarmos tão facilmente?
Acredito que seja, principalmente, pelo nosso sistema de ensino, que não instiga os estudantes a ver além daquilo que é delimitado pelos enunciados, a pensar livremente e a buscar as informações que estão implícitas. Aprendemos a usar apenas os pedaços de informação que são lançados nas aulas e levantados nas perguntas dos exames.
Represálias não são incomuns nas poucas vezes em que o estudante ousa ir além daquilo que é proposto pelo professor, apontando para novas maneiras de abordar um assunto ou relacionando outros aspectos de onde emergem padrões inesperados para um conhecimento que é tratado como estático, mesmo no ensino superior, ainda que o discurso político de qualquer instituição diga o contrário. E raros são os professores que lidam de maneira positiva com tais espontaneidades, chegando a incentivá-las.
É vital pra a resolução de problemas a capacidade de articular conhecimentos distintos de maneira harmoniosa e de enxergar além do problema em si. Afinal, um problema é um problema até que alguém apareça com uma solução.
Precisamos ser capazes de pensar fora da caixinha - out of the box - se quisermos verdadeiramente produzir conhecimento, caso contrário nossa produção acadêmica termina em pizza.
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