Aviso: Este resumo de nada serve sem o acompanhamento das aulas e o estudo do conteúdo dos livros. A finalidade deste resumo é servir como ferramenta de memorização e fácil acesso às informações já conhecidas e compreendidas no contexto de aula.
Paladar:
É um sentido químico, que é útil de duas formas: para que reforce nosso comportamento alimentar, fazendo com que procuremos certos nutrientes, e para que possamos reconhecer substâncias nocivas para a nossa saúde que estejam presentes na alimentação ou em outras coisas que passem pelo nosso trato gustativo. Nossa língua conta com papilas gustativas, onde encontram-se duzentos ou mais brotos gustativos, cada um contendo um pólo capaz de detectar elementos químicos que se traduzem nas sensações de doce, salgado, amargo e azedo. Os detectores especializados de localização conhecida, até o momento, são aqueles capazes de detectar as sensações amargas, doces e o "umami" - os receptores especializados em perceber o "umami" são os responsáveis pela detecção de certos aminoácidos, tais como o glutamato monossódico, daí a sensação de um sabor mais rico em alimentos tratados com essa substância (o consumo excessivo de glutamato monossódico pode causar danos à saúde).
Nossa resposta aos sabores é geneticamente determinada, e o gosto pelo consumo de açúcar, que juntamente à outros fatores vem criando problemas de obesidade em países desenvolvidos, é uma herança da dificuldade que nossos ancestrais tinham de encontrar alimentos ricos em glucose no passado remoto da humanidade. Alimentos ricos em nutrientes mais comuns, tais como as gorduras, não excitam tanto os receptores de sabor quanto alimentos ricos em nutrientes mais difíceis de encontrar na natureza; assim como alimentos estragados, que logo despertam a repulsa.
A interação sensorial se dá com a participação do sentido do olfato no sentido do paladar. Sem o olfato teremos dificuldades para distinguir os sabores. Neste sentido, os sabores são formados pelo odor (olfato), pela gustação (paladar) e pela textura (tato, também presente na língua) daquilo que ingerimos.
Olfato:
Os cheiros que sentimos são, para nosso desgosto em certas situações, moléculas daquilo que estamos sentindo o cheiro. Assim como o paladar, o olfato é um sentido químico e que nos ajuda a reconhecer alimentos, substâncias nocivas e, se desconsiderarmos a existência do NC0 (nervo craniano zero), ou se considerarmos ele parte integrante do sistema olfatório, também possui papel fundamental no nosso comportamento reprodutivo, na detecção de feromônios que, segundo uma hipótese, são chave para que saibamos instintivamente a compatibilidade genética e a saúde sexual dos pares. Como visto anteriormente, o olfato desempenha papel essencial para que possamos saborear os alimentos, de maneira que ele também é importante no mecanismo de recompensa que faz com que nos alimentemos.
No desenvolvimento humano, o olfato é responsável pela captação de hormônios secretados pelos bebês que estimulam a produção de leite nas mães e que diminuem a produção de testosterona nos pais, deixando os machos mais calmos para desempenhar suas funções paternas. Por sua vez os bebês reconhecem o cheiro dos pais, em especial o cheiro do leite materno, sendo capazes de distinguir o leite de sua mãe do leite de outras mães (a amamentação trás enormes benefícios tanto físicos quanto emocionais para a mãe e para o bebê).
Diferentemente das células fotorreceptoras da retina, que são especializadas em detectar luzes e cores e que, em junção, detectam formas e contrastes, sendo, portanto, apenas de dois tipos diferentes, as células responsáveis pelo olfato são bastante variadas, especializadas em reconhecer as moléculas de diferentes tamanhos e composições que trazem as informações olfativas.
Dentre as partes ativadas no cérebro para que possamos sentir os cheiros, estão o bulbo olfativo, o córtex olfativo, no lobo temporal, e partes do sistema límbico envolvidas na emoção e nas memórias - daí o motivo pelo qual alguns cheiros são capazes de despertar memórias remotas.
Propriocepção, Equilíbrio e Cinestesia:
Considerada como sendo o "verdadeiro" sexto sentido, a propriocepção é o sentido que nos permite saber a posição relativa do nosso corpo no espaço, a localização dos nossos membros em relação ao nosso corpo e o momentum da aceleração do nosso corpo e membros.
Enquanto o sentido de movimento inferido pelos pêlos que recobrem nosso corpo (tato) pode indicar tanto que estamos em movimento (como quando sentimos o atrito do ar em nossos pêlos quando andamos de bicicleta), quanto que estamos estáticos e o ar está se movendo à nossa volta (vento) e, enquanto que o sentido de equilíbrio destina-se apenas à balancear o nosso corpo para que possamos nos mover de forma harmoniosa, a propriocepção interage com estes dois sentidos mas vai além, permitindo que consigamos alcançar objetos com os braços, em alguns casos até mesmo sem o feedback visual, e movimentarmos nossos membros de forma coerente em relação ao nosso corpo e aos objetos que o cercam.
Uma pessoa que perdesse totalmente o sentido do tato ficaria apenas com uma deficiência na propriocepção, da mesma forma que uma pessoa que sofresse algum dano no sentido vestibular (ou de equilíbrio) perderia completamente o balanço, mas ficaria apenas com uma deficiência na propriocepção.
A propriocepção é usada como sinônimo de cinestesia por alguns autores, porém outros utilizam a cinestesia para dar ênfase ao sentido de movimento, excluindo o sentido de balanço. Neste caso, alguém que sofresse um dano no sentido vestibular teria uma degradação do sentido de propriocepção mas nenhuma degradação no sentido de cinestesia.
Fisiologicamente é preciso saber que a propriocepção consciente se dá pela via dorsal leminisco medial para o cerebelo, e que a propriocepção inconsciente se dá pelo trato dorsal espinocerebelar, ou seja, que são duas vias, uma consciente e outra inconsciente, que são principais para o sentido de propriocepção; mas o sentido é, na verdade, informação composta dos neurônios localizados no ouvido interno, nos neurônios que dão a sensação de contração e distensão muscular e movimentos das juntas, e a cinestesia é informação composta dos neurônios do ouvido interno e daqueles responsáveis pelo sentido de tato .
Fontes:
Myers, Psicologia; Davidoff, Introdução à Psicologia.
eMedicine.com from WebMD.
O Segredos dos Sentidos. Revista Mente & Cérebro edição especial n. 12. Ediouro : São Paulo.
Sensory system. Wikipedia.
Paladar:
É um sentido químico, que é útil de duas formas: para que reforce nosso comportamento alimentar, fazendo com que procuremos certos nutrientes, e para que possamos reconhecer substâncias nocivas para a nossa saúde que estejam presentes na alimentação ou em outras coisas que passem pelo nosso trato gustativo. Nossa língua conta com papilas gustativas, onde encontram-se duzentos ou mais brotos gustativos, cada um contendo um pólo capaz de detectar elementos químicos que se traduzem nas sensações de doce, salgado, amargo e azedo. Os detectores especializados de localização conhecida, até o momento, são aqueles capazes de detectar as sensações amargas, doces e o "umami" - os receptores especializados em perceber o "umami" são os responsáveis pela detecção de certos aminoácidos, tais como o glutamato monossódico, daí a sensação de um sabor mais rico em alimentos tratados com essa substância (o consumo excessivo de glutamato monossódico pode causar danos à saúde).
Nossa resposta aos sabores é geneticamente determinada, e o gosto pelo consumo de açúcar, que juntamente à outros fatores vem criando problemas de obesidade em países desenvolvidos, é uma herança da dificuldade que nossos ancestrais tinham de encontrar alimentos ricos em glucose no passado remoto da humanidade. Alimentos ricos em nutrientes mais comuns, tais como as gorduras, não excitam tanto os receptores de sabor quanto alimentos ricos em nutrientes mais difíceis de encontrar na natureza; assim como alimentos estragados, que logo despertam a repulsa.
A interação sensorial se dá com a participação do sentido do olfato no sentido do paladar. Sem o olfato teremos dificuldades para distinguir os sabores. Neste sentido, os sabores são formados pelo odor (olfato), pela gustação (paladar) e pela textura (tato, também presente na língua) daquilo que ingerimos.
Olfato:
Os cheiros que sentimos são, para nosso desgosto em certas situações, moléculas daquilo que estamos sentindo o cheiro. Assim como o paladar, o olfato é um sentido químico e que nos ajuda a reconhecer alimentos, substâncias nocivas e, se desconsiderarmos a existência do NC0 (nervo craniano zero), ou se considerarmos ele parte integrante do sistema olfatório, também possui papel fundamental no nosso comportamento reprodutivo, na detecção de feromônios que, segundo uma hipótese, são chave para que saibamos instintivamente a compatibilidade genética e a saúde sexual dos pares. Como visto anteriormente, o olfato desempenha papel essencial para que possamos saborear os alimentos, de maneira que ele também é importante no mecanismo de recompensa que faz com que nos alimentemos.
No desenvolvimento humano, o olfato é responsável pela captação de hormônios secretados pelos bebês que estimulam a produção de leite nas mães e que diminuem a produção de testosterona nos pais, deixando os machos mais calmos para desempenhar suas funções paternas. Por sua vez os bebês reconhecem o cheiro dos pais, em especial o cheiro do leite materno, sendo capazes de distinguir o leite de sua mãe do leite de outras mães (a amamentação trás enormes benefícios tanto físicos quanto emocionais para a mãe e para o bebê).
Diferentemente das células fotorreceptoras da retina, que são especializadas em detectar luzes e cores e que, em junção, detectam formas e contrastes, sendo, portanto, apenas de dois tipos diferentes, as células responsáveis pelo olfato são bastante variadas, especializadas em reconhecer as moléculas de diferentes tamanhos e composições que trazem as informações olfativas.
Dentre as partes ativadas no cérebro para que possamos sentir os cheiros, estão o bulbo olfativo, o córtex olfativo, no lobo temporal, e partes do sistema límbico envolvidas na emoção e nas memórias - daí o motivo pelo qual alguns cheiros são capazes de despertar memórias remotas.
Propriocepção, Equilíbrio e Cinestesia:
Considerada como sendo o "verdadeiro" sexto sentido, a propriocepção é o sentido que nos permite saber a posição relativa do nosso corpo no espaço, a localização dos nossos membros em relação ao nosso corpo e o momentum da aceleração do nosso corpo e membros.
Enquanto o sentido de movimento inferido pelos pêlos que recobrem nosso corpo (tato) pode indicar tanto que estamos em movimento (como quando sentimos o atrito do ar em nossos pêlos quando andamos de bicicleta), quanto que estamos estáticos e o ar está se movendo à nossa volta (vento) e, enquanto que o sentido de equilíbrio destina-se apenas à balancear o nosso corpo para que possamos nos mover de forma harmoniosa, a propriocepção interage com estes dois sentidos mas vai além, permitindo que consigamos alcançar objetos com os braços, em alguns casos até mesmo sem o feedback visual, e movimentarmos nossos membros de forma coerente em relação ao nosso corpo e aos objetos que o cercam.
Uma pessoa que perdesse totalmente o sentido do tato ficaria apenas com uma deficiência na propriocepção, da mesma forma que uma pessoa que sofresse algum dano no sentido vestibular (ou de equilíbrio) perderia completamente o balanço, mas ficaria apenas com uma deficiência na propriocepção.
A propriocepção é usada como sinônimo de cinestesia por alguns autores, porém outros utilizam a cinestesia para dar ênfase ao sentido de movimento, excluindo o sentido de balanço. Neste caso, alguém que sofresse um dano no sentido vestibular teria uma degradação do sentido de propriocepção mas nenhuma degradação no sentido de cinestesia.
Fisiologicamente é preciso saber que a propriocepção consciente se dá pela via dorsal leminisco medial para o cerebelo, e que a propriocepção inconsciente se dá pelo trato dorsal espinocerebelar, ou seja, que são duas vias, uma consciente e outra inconsciente, que são principais para o sentido de propriocepção; mas o sentido é, na verdade, informação composta dos neurônios localizados no ouvido interno, nos neurônios que dão a sensação de contração e distensão muscular e movimentos das juntas, e a cinestesia é informação composta dos neurônios do ouvido interno e daqueles responsáveis pelo sentido de tato .
Fontes:
Myers, Psicologia; Davidoff, Introdução à Psicologia.
eMedicine.com from WebMD.
O Segredos dos Sentidos. Revista Mente & Cérebro edição especial n. 12. Ediouro : São Paulo.
Sensory system. Wikipedia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário