Ela estava agitada, bastante emocional, trazendo diversos argumentos sobre aquilo que a incomodava, e ele estava calmo, completamente impassível, e respondeu sem se alterar:
"Vais me deixar por causa disso? Então nem briga, vai logo. Ou, se vais ficar comigo, então não perde tempo brigando e esquece isso."
Seu argumento a deixou visivelmente frustrada, possivelmente mais triste do que já estava... Mas deu um fim a discussão. Afinal, se era para ficarem juntos, ficar discutindo algo que já havia passado - e o tempo não volta atrás - era perda de tempo, e se era algo que não poderia ser superado, então, da mesma forma, não havia por que discutir. Ou, pelo menos, era isso que ele pensava.
Muito tempo depois, sozinho, em uma fria noite de inverno, ele lembrou-se da discussão e, tendo um pouco mais de compreensão, notou seu erro: mais do que lógico ou racional, seu argumento era, na verdade, uma falácia da bifurcação, uma resposta que apela para a redução de uma situação complexa propondo apenas dois cursos de ação com conseqüências extremas e opostas entre si, e que desconsidera toda e qualquer outra possibilidade na busca de um consenso.
Este tipo de falácia mostrou-se útil para encerrar uma discussão mas, por outro lado, não é adequado para tratar com as pessoas por quem se tem apreço.
Então que ele continue pensando sobre isso, sozinho, nas longas noites de inverno. Talvez encontre outras falhas em seus próprios argumentos.
"Vais me deixar por causa disso? Então nem briga, vai logo. Ou, se vais ficar comigo, então não perde tempo brigando e esquece isso."
Seu argumento a deixou visivelmente frustrada, possivelmente mais triste do que já estava... Mas deu um fim a discussão. Afinal, se era para ficarem juntos, ficar discutindo algo que já havia passado - e o tempo não volta atrás - era perda de tempo, e se era algo que não poderia ser superado, então, da mesma forma, não havia por que discutir. Ou, pelo menos, era isso que ele pensava.
Muito tempo depois, sozinho, em uma fria noite de inverno, ele lembrou-se da discussão e, tendo um pouco mais de compreensão, notou seu erro: mais do que lógico ou racional, seu argumento era, na verdade, uma falácia da bifurcação, uma resposta que apela para a redução de uma situação complexa propondo apenas dois cursos de ação com conseqüências extremas e opostas entre si, e que desconsidera toda e qualquer outra possibilidade na busca de um consenso.
Este tipo de falácia mostrou-se útil para encerrar uma discussão mas, por outro lado, não é adequado para tratar com as pessoas por quem se tem apreço.
Então que ele continue pensando sobre isso, sozinho, nas longas noites de inverno. Talvez encontre outras falhas em seus próprios argumentos.
Imagem obtida no site Brasil Escola em
Sociologia: Body Modification. Embora eu
não seja nem um pouco fã destas práticas,
não consigo pensar em uma ilustração
mais apropriada para este tipo de falácia.
Outro link interessante do mesmo site:
Monografias: Regras da ABNT.
Sociologia: Body Modification. Embora eu
não seja nem um pouco fã destas práticas,
não consigo pensar em uma ilustração
mais apropriada para este tipo de falácia.
Outro link interessante do mesmo site:
Monografias: Regras da ABNT.
Um comentário:
1. O problema sobre o qual se está discutindo, é passível de ser solucionado? Se sim, então 2. Se não então 3.
2. Então deve ser estabelecida uma solução e posta em prática.
3. É possível conviver com o problema sem solução sobre o qual se está discutindo? Se sim, então 4. Se não então 5.
4. Se não tem solução, mas é possível e se deseja viver com o problema, então não há motivo para discutir e a discussão deve ser encerrada.
5. Se não tem solução e não é possível ou desejável viver com o problema, então a discussão deve ser encerrada e a fonte do problema deve ser afastada.
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