quinta-feira, 10 de abril de 2008

Teoria da auto-percepção

A teoria da auto-percepção é a consideração da mudança de atitude desenvolvida pelo psicólogo Daryl Bem. Ela defende que as pessoas desenvolvem suas atitudes por meio da observação do nosso próprio comportamento e pelas conclusões as quais chegamos sobre suas causas.
A teoria da auto-percepção diferencia-se da teoria da dissonância cognitiva por não sustentar que as pessoas experienciam um "estado de motivação negativa" chamado "dissonância" quando buscam alívio. Ao invés disso, as pessoas simplesmente inferem suas atitudes a partir de seus próprios comportamentos da mesma maneira que um observador externo faria. Com isso a teoria da auto-percepção é um caso em especial da teoria da atribuição.
Daryl Bem realizou sua própria versão do experimento clássico de dissonância cognitiva de Festinger e Carlsmith. Os participantes do experimento de Daryl Bem escutaram uma fita na qual um homem descreve entusiasticamente uma monótona tarefa que consiste em girar pinos.
Alguns dos participantes receberam a informação de que o homem recebeu US$ 20,00 por seu testemunho, enquanto outros participantes receberam a informação de que o homem recebeu US$ 1,00 por seu testemunho. Estes, que receberam a informação do pagamento de US$ 1,00, chegaram a conclusão de que o homem deve ter gostado da tarefa, num maior grau do que aqueles que receberam a informação do pagamento de US$ 20,00.
Bem argumentou que os participantes de seu experimento não julgaram a atitude do homem em termos do fenômeno da dissonância cognitiva, desta maneira qualquer mudança de atitude que o homem possa ter apresentado naquela situação seria resultado de sua própria auto-percepção.
Se a teoria da dissonância cognitiva ou da auto-percepção é mais útil, é um tópico de controvérsia considerável e acompanhado de um grande corpo textual, sem um vencedor evidente. Existem algumas circunstâncias nas quais uma teoria é preferida em detrimento da outra, mas é tradicional o uso da terminologia da dissonância cognitiva como padrão.
O cerne do debate está na questão de que se a mudança está na maneira pela qual o indivíduo acredita que os outros irão julgá-lo ou se está na maneira pela qual o indivíduo julga a si mesmo, sem deixar ou deixando de ter em consideração os outros.

Fonte:
Self-perception theory, Wikipedia.

Para saber mais:

3 comentários:

ruiz disse...

Ola meu nome é Weverton Ruiz e eu tenho sofrido algo parecido. Eu sou um tanto egocentrico, onde muitas vezes parece que minha ideia tem que prevalecer a dos outros, tenho percebido mais não consigo deixar de me comportar assim. isso pode ser controlado apenas por min? sendo que quando tenho titudes assim não posso perceber, mais só depois de te-lo feito. Tem medicamentos especificos que agem contra isso? ou estou condenado a ser assim pro resto da vida?

tenho ferido as pessoas sem perceber que o fiz, com minhas criticas inacabaveis e meu dom de ser um chato. falo coisas as vezes por metaforas onde as pessoas interpretam-me como doido barrido.

Tenho ciencia que as vezes fico psicotico, mais o grande problema é a percepção, eu não percebo pois ce percebesse consiguiria controlar minhas piras.

Juntando pscose com falta de tato fico inseguro quanto minha condção.

O que devo fazer?

Psicólogo Cláudio Drews disse...

Caro leitor W.L.que escreveu um comentário neste post. Não irei publicar o seu comentário pois não que te expor ou expor publicamente as tuas preocupações. Me perguntas o que deves fazer a respeito destas preocupações, e minha resposta é: procure um profissional da saúde mental. Marque uma consulta com um psicólogo ou com um psiquiatra. Se necessário, recorra a um serviço público, quer seja a unidade básica de saúde mais próxima ou diretamente no CAPS da sua cidade. A melhor forma de lidar com estas preocupações é através dos serviços de saúde as quais tiveres acesso.

Psicólogo Cláudio Drews disse...

Outra coisa que me ocorreu agora é que, embora seria uma imprudência da minha parte fazer qualquer afirmação sobre que forma de manejo é a melhor para o teu caso em específico, posso afirmar uma coisa com segurança: se há sofrimento percebido por ti, para ti ou para as pessoas que convivem contigo, ou se há prejuízo nas tuas relações sociais, então é certo que podes te beneficiar de atendimento por profissionais da saúde mental.