Hoje, eu e um colega do curso de Psicologia, tivemos a oportunidade de assistir uma palestra sobre Propedêutica Neurológica ministrada por Paulo Eduardo P. Freitas, no programa de Educação Continuada da Santa Casa de Rio Grande.
Dentre os assuntos abordados, nos chamou a atenção o conhecimento do palestrante sobre a escala de Glasgow. Durante a palestra ele citou um estudo estatístico que visa estabelecer uma relação entre o resultado objetivo obtido pela escala e o prognóstico do paciente. Encontrei mais informações sobre este estudo no LILACS:
"Foram estudados 417 casos de ferimentos craniencefálicos por projétil de arma de fogo ocorridos em população civil, com o objetivo de determinar os fatores que influenciam sobre o prognóstico precoce quanto à mortalidade. Foram selecionados pacientes com ferimento único, que chegaram com vida ao hospital em um período de até seis horas após o trauma, e que evoluíram para o óbito após a internação ou permaneceram internados por pelo menos 48 horas. Estas lesões foram mais comuns em jovens do sexo masculino e mais causadas por agressões ou suicídios do que por causas ditas acidentais. As regiões anteriores foram as mais atingidas, predominando os ferimentos penetrantes com relação aos transfixantes do crânio.[...]
A mortalidade global foi de 63,1 por cento , não sendo influenciada, significativamente, por variáveis como idade ou sexo do paciente, causa da ocorrência, calibre do projétil, local de entrada no crânio, presença de hematoma intracraniano ou pelo tratamento instituído. Foram considerados como fatores prognósticos significativos o estado neurológico do paciente quando de sua internação e a trajetória do projétil - morreram 93,2 por cento dos pacientes comatosos com ECG menor que 6 e 91,4 por cento entre os que apresentaram ferimentos em que o projétil cruzou tanto o plano coronal como o sagital. Por outro lado, apenas 1,9 por cento dos pacientes acordados sem sinais neurológicos focais e 3,8 por cento entre os que o projétil nao atravessou nenhum dos planos evoluíram para óbito.[...] " FREITAS, Paulo Eduardo. Fatores de avaliação precoce da mortalidade em lesões cranioencefálicas causadas por projétil de arma de fogo em população civil. 1998.
Também foi muito interessante a questão de uma abordagem holística para a realização de um diagnóstico, levando em conta possíveis causas ambientais no estado mórbido apresentado. Como disse o palestrante, o médico deve ser capaz de realizar um raciocínio investigativo digno de um Sherlock Holmes ou de um Hercule Poirot, e ser capaz de usar criteriosamente o instrumental teórico e os procedimentos de diagnósticos conforme a realidade apresentada caso a caso.
Outro momento, especialmente válido para nós, estudantes de psicologia, foi quando o palestrante trouxe o caso de um paciente que apresentava um quadro de depressão que na verdade era um tumor a nível de mesencéfalo. Todos os estudantes de psicologia recebem aulas de psicofisiologia (ou neurofisiologia, ou qualquer que seja o nome dado a matéria) e devem levar em consideração o que foi ensinado nesta disciplina no decorrer de todo o curso e durante a prática que forem exercer.
Muito mais foi abordado durante a palestra, mas agora, o que me vem em mente é isso. Mais adiante, depois que eu incubar tudo que foi tratado, certamente irei me lembrar de mais dicas que foram oferecidas durante estas duas horas de grande valia.
A fonte recomendada pelo palestrante para quem quiser saber mais sobre Propedêutica Neurológica é o livro Propedêutica Neurológica Básica de Wilson Luiz Sanvito, da editora Atheneu.
Vídeos relacionados:
Cranial Nerves I & II
Cranial Nerves III, IV & VI
Cranial Nerves V & VII
Cranial Nerve VIII
Cranial Nerves IX, X, XI & XII
Sensation
Discriminatory Sensations
Romberg test (lembrando que é preciso precaver-se para que o paciente não caia... :D)
Coordination
Outros vídeos da mesma série estão disponíveis no youtube, basta procurar.
Vídeo a respeito do coma em japonês, não dá para entender nada do que é falado ou do que está escrito, mas dá para entender o propósito de cada passo do exame.
Dentre os assuntos abordados, nos chamou a atenção o conhecimento do palestrante sobre a escala de Glasgow. Durante a palestra ele citou um estudo estatístico que visa estabelecer uma relação entre o resultado objetivo obtido pela escala e o prognóstico do paciente. Encontrei mais informações sobre este estudo no LILACS:
"Foram estudados 417 casos de ferimentos craniencefálicos por projétil de arma de fogo ocorridos em população civil, com o objetivo de determinar os fatores que influenciam sobre o prognóstico precoce quanto à mortalidade. Foram selecionados pacientes com ferimento único, que chegaram com vida ao hospital em um período de até seis horas após o trauma, e que evoluíram para o óbito após a internação ou permaneceram internados por pelo menos 48 horas. Estas lesões foram mais comuns em jovens do sexo masculino e mais causadas por agressões ou suicídios do que por causas ditas acidentais. As regiões anteriores foram as mais atingidas, predominando os ferimentos penetrantes com relação aos transfixantes do crânio.[...]
A mortalidade global foi de 63,1 por cento , não sendo influenciada, significativamente, por variáveis como idade ou sexo do paciente, causa da ocorrência, calibre do projétil, local de entrada no crânio, presença de hematoma intracraniano ou pelo tratamento instituído. Foram considerados como fatores prognósticos significativos o estado neurológico do paciente quando de sua internação e a trajetória do projétil - morreram 93,2 por cento dos pacientes comatosos com ECG menor que 6 e 91,4 por cento entre os que apresentaram ferimentos em que o projétil cruzou tanto o plano coronal como o sagital. Por outro lado, apenas 1,9 por cento dos pacientes acordados sem sinais neurológicos focais e 3,8 por cento entre os que o projétil nao atravessou nenhum dos planos evoluíram para óbito.[...] " FREITAS, Paulo Eduardo. Fatores de avaliação precoce da mortalidade em lesões cranioencefálicas causadas por projétil de arma de fogo em população civil. 1998.
Também foi muito interessante a questão de uma abordagem holística para a realização de um diagnóstico, levando em conta possíveis causas ambientais no estado mórbido apresentado. Como disse o palestrante, o médico deve ser capaz de realizar um raciocínio investigativo digno de um Sherlock Holmes ou de um Hercule Poirot, e ser capaz de usar criteriosamente o instrumental teórico e os procedimentos de diagnósticos conforme a realidade apresentada caso a caso.
Outro momento, especialmente válido para nós, estudantes de psicologia, foi quando o palestrante trouxe o caso de um paciente que apresentava um quadro de depressão que na verdade era um tumor a nível de mesencéfalo. Todos os estudantes de psicologia recebem aulas de psicofisiologia (ou neurofisiologia, ou qualquer que seja o nome dado a matéria) e devem levar em consideração o que foi ensinado nesta disciplina no decorrer de todo o curso e durante a prática que forem exercer.
Muito mais foi abordado durante a palestra, mas agora, o que me vem em mente é isso. Mais adiante, depois que eu incubar tudo que foi tratado, certamente irei me lembrar de mais dicas que foram oferecidas durante estas duas horas de grande valia.
A fonte recomendada pelo palestrante para quem quiser saber mais sobre Propedêutica Neurológica é o livro Propedêutica Neurológica Básica de Wilson Luiz Sanvito, da editora Atheneu.
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Cranial Nerves III, IV & VI
Cranial Nerves V & VII
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Discriminatory Sensations
Romberg test (lembrando que é preciso precaver-se para que o paciente não caia... :D)
Coordination
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Vídeo a respeito do coma em japonês, não dá para entender nada do que é falado ou do que está escrito, mas dá para entender o propósito de cada passo do exame.
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