“Era uma vez dois exploradores que chegaram a uma clareira em uma floresta. Na clareira estavam desabrochando muitas flores e eras. Um dos exploradores disse: ‘Um jardineiro deve ter arquitetado isto.’ O outro discorda: ‘Não há jardineiro algum.’ Então eles eregem uma cerca de arame-farpado. Eles eletrificam a cerca e montam uma patrulha com cães treinados. Nenhum movimento na cerca denuncia um invasor invisível. Os cães nunca alarmaram nada. Ainda assim, o crente não fica convencido. ‘Mas deve haver um jardineiro. Invisível, intangível, insensível a choques elétricos. Um jardineiro que não possui cheiro nem faz barulho. Um jardineiro que chega em segredo para cuidar do jardim que ama.’ Por fim o cético se desespera: ‘Mas qual era a sua afirmação original? Me explique como que aquilo que você chama de um jardineiro invisível, intangível, eternamente elusivo pode se diferenciar de um jardineiro imaginário ou mesmo da ausência de um jardineiro?’”
Parábola proposta pelo filósofo John Wisdom para ilustrar o problema com as crenças que não podem ser refutadas, que carecem de falseabilidade -- ou seja, que não são passíveis de experimentos que as invalidem.
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