Este post está mais para auto-ajuda do que para a Psicologia propriamente dita; feito o aviso, segue a história.
Estava na aula da disciplina de Dinâmica de Grupos ouvindo uma discussão sobre a necessidade das pessoas serem reconhecidas e a relação desta necessidade com o "querer ser melhor do que os outros", ao que fiquei pensando sobre um paradigma pessoal, que já aceitei faz muito tempo, que afirma - ou segundo o qual afirmo - que não adianta querer ser melhor dos que os outros, uma vez que nosso desempenho depende apenas e tão somente de nós mesmos. Ilustro com um exemplo, para alguém que não tenha familiaridade com este conceito: alunos que gostam de competir nas avaliações e que se importam em receber notas superiores as dos seus colegas. Na prática, não faz diferença se o colega recebe nota 8, 9 ou 10, pois a nota que o colega receber não modifica a nota que você recebeu. Se você não se esforçou e não estudou o suficiente para uma prova exigente, irá receber um 6 ou 7, por outro lado, se você é um aluno esforçado, provavelmente irá receber uma nota melhor, talvez um 10. Neste processo, as notas dos colegas não modifica a nota que você irá tirar.
Claro que, muitas vezes, não é tão simples. Existem professores que não avaliam por desempenho, mas por afinidade. Neste caso, especialmente se tratando do curso de Psicologia, cabe ao aluno explorar um meio para desenvolver a afinidade necessária com o professor para garantir uma avaliação justa. O sistema, neste caso, não é muito justo, mas infelizmente a vida é assim (postura bastante estoica, eu sei). Quer ser justo, pense nas pessoas que irão depender dos teus serviços no futuro e se esforce para que ao receber um 10, este 10 seja correspondente ao teu aproveitamento da matéria.
Voltando à aula de Dinâmicas de Grupo, a discussão seguiu e foi abordada a questão do poder. Lembro que chegou a ser comentada a máxima: "Quer saber quem uma pessoa realmente é, basta dar poder a ela." - Não sou muito afeito a ditos, mas este me ajudou a levar o pensamento que estava elaborando anteriormente um pouco mais adiante. "Dá poder àquela pessoa e saberás quem ela realmente é." - ora, enquanto cidadãos livres, é verdade que temos plenos poderes sobre nossas vidas dentro dos limites impostos para que façamos parte de uma sociedade organizada. Temos a liberdade de nos associarmos à indivíduos e instituições, de estudarmos, de trabalharmos, de ajudar aos outros, de pedir ajuda, de expressar nossa opinião, só para citar algumas das nossas liberdades que também podem ser consideradas como poderes que nos são dados. Não se trata de uma onipotência selvagem, na qual fazemos o que bem entendemos, mas de poderes constritos por regras que buscam equilibrar o bem-estar do indivíduo e do grupo.
Mas onde quero chegar quando afirmo que não são poucos os poderes dos quais goza o cidadão livre numa sociedade como a sociedade brasileira?
Muitas vezes pensamos que somos vítimas da situação, reclamamos dos nossos pares - das pessoas que nos cercam, das instituições com as quais estamos envolvidos - o lugar onde trabalhamos, o lugar onde estudamos - mas, é importante ficar atento até que ponto estamos sendo vítimas da situação e até que ponto estamos sendo vítimas da nossa incapacidade ou ineficiência em usar os poderes dos quais gozamos.
Em razão do que estudo, acredito que o comportamento do ser humano é determinado pela genética, pelas experiências a que teve acesso e pelo meio em que vive (alguns iriam resumir experiências e meio em ambiente, mas neste caso prefiro separá-los ao escrever). Porém, havendo a capacidade de pensar sobre aquilo que se está fazendo e de desenvolver um raciocínio crítico sobre suas próprias atitudes, é possível elaborar novas estratégias de ação, que podem não dar certo de início - pois sendo novas são tentativas - mas que podem ser refinadas e gerar resultados melhores do que aqueles que são obtidos pelo conformismo ou acomodação.
Assim, concluo resumindo que: 1. a única pessoa que precisamos nos preocupar em superar é a nós mesmos; e 2. temos a vantagem de ter nascido em uma época e em uma sociedade de liberdade, e liberdade é poder, é nossa responsabilidade usar esse poder em prol do nosso próprio bem. Somos, então, nossos próprios Leviatãs.
Estava na aula da disciplina de Dinâmica de Grupos ouvindo uma discussão sobre a necessidade das pessoas serem reconhecidas e a relação desta necessidade com o "querer ser melhor do que os outros", ao que fiquei pensando sobre um paradigma pessoal, que já aceitei faz muito tempo, que afirma - ou segundo o qual afirmo - que não adianta querer ser melhor dos que os outros, uma vez que nosso desempenho depende apenas e tão somente de nós mesmos. Ilustro com um exemplo, para alguém que não tenha familiaridade com este conceito: alunos que gostam de competir nas avaliações e que se importam em receber notas superiores as dos seus colegas. Na prática, não faz diferença se o colega recebe nota 8, 9 ou 10, pois a nota que o colega receber não modifica a nota que você recebeu. Se você não se esforçou e não estudou o suficiente para uma prova exigente, irá receber um 6 ou 7, por outro lado, se você é um aluno esforçado, provavelmente irá receber uma nota melhor, talvez um 10. Neste processo, as notas dos colegas não modifica a nota que você irá tirar.
Claro que, muitas vezes, não é tão simples. Existem professores que não avaliam por desempenho, mas por afinidade. Neste caso, especialmente se tratando do curso de Psicologia, cabe ao aluno explorar um meio para desenvolver a afinidade necessária com o professor para garantir uma avaliação justa. O sistema, neste caso, não é muito justo, mas infelizmente a vida é assim (postura bastante estoica, eu sei). Quer ser justo, pense nas pessoas que irão depender dos teus serviços no futuro e se esforce para que ao receber um 10, este 10 seja correspondente ao teu aproveitamento da matéria.
Voltando à aula de Dinâmicas de Grupo, a discussão seguiu e foi abordada a questão do poder. Lembro que chegou a ser comentada a máxima: "Quer saber quem uma pessoa realmente é, basta dar poder a ela." - Não sou muito afeito a ditos, mas este me ajudou a levar o pensamento que estava elaborando anteriormente um pouco mais adiante. "Dá poder àquela pessoa e saberás quem ela realmente é." - ora, enquanto cidadãos livres, é verdade que temos plenos poderes sobre nossas vidas dentro dos limites impostos para que façamos parte de uma sociedade organizada. Temos a liberdade de nos associarmos à indivíduos e instituições, de estudarmos, de trabalharmos, de ajudar aos outros, de pedir ajuda, de expressar nossa opinião, só para citar algumas das nossas liberdades que também podem ser consideradas como poderes que nos são dados. Não se trata de uma onipotência selvagem, na qual fazemos o que bem entendemos, mas de poderes constritos por regras que buscam equilibrar o bem-estar do indivíduo e do grupo.
Mas onde quero chegar quando afirmo que não são poucos os poderes dos quais goza o cidadão livre numa sociedade como a sociedade brasileira?
Muitas vezes pensamos que somos vítimas da situação, reclamamos dos nossos pares - das pessoas que nos cercam, das instituições com as quais estamos envolvidos - o lugar onde trabalhamos, o lugar onde estudamos - mas, é importante ficar atento até que ponto estamos sendo vítimas da situação e até que ponto estamos sendo vítimas da nossa incapacidade ou ineficiência em usar os poderes dos quais gozamos.
Em razão do que estudo, acredito que o comportamento do ser humano é determinado pela genética, pelas experiências a que teve acesso e pelo meio em que vive (alguns iriam resumir experiências e meio em ambiente, mas neste caso prefiro separá-los ao escrever). Porém, havendo a capacidade de pensar sobre aquilo que se está fazendo e de desenvolver um raciocínio crítico sobre suas próprias atitudes, é possível elaborar novas estratégias de ação, que podem não dar certo de início - pois sendo novas são tentativas - mas que podem ser refinadas e gerar resultados melhores do que aqueles que são obtidos pelo conformismo ou acomodação.
Assim, concluo resumindo que: 1. a única pessoa que precisamos nos preocupar em superar é a nós mesmos; e 2. temos a vantagem de ter nascido em uma época e em uma sociedade de liberdade, e liberdade é poder, é nossa responsabilidade usar esse poder em prol do nosso próprio bem. Somos, então, nossos próprios Leviatãs.
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