sábado, 22 de maio de 2010

Sprites

Há 10 anos atrás, aproximadamente, li um conto do Arthur Conan Doyle, o mesmo escritor do Sherlock Holmes, intitulado "O Horror das Alturas", que pode ser encontrado neste link: http://www.readbookonline.net/readOnLine/14567/
No conto, terríveis criaturas em forma de águas-vivas habitam as altitudes, como descreve este trecho do conto:
"Conceive a jelly-fish such as sails in our summer seas, bell-shaped and of enormous size--far larger, I should judge, than the dome of St. Paul's. It was of a light pink colour veined with a delicate green, but the whole huge fabric so tenuous that it was but a fairy outline against the dark blue sky. It pulsated with a delicate and regular rhythm. From it there depended two long, drooping green tentacles, which swayed slowly backwards and forwards. This gorgeous vision passed gently with noiseless dignity over my head, as light and fragile as a soap-bubble, and drifted upon its stately way."
Cerca de cinco ou seis anos depois de ter lido este conto, me deparo com um artigo da Wikipédia descrevendo curiosos fenômenos atmosféricos, em especial aqueles conhecidos como Sprites. Na época em que li o artigo na Wikipédia, o fenômeno ainda era tão elusivo quanto seu nome sugere.
Finalmente, este ano, assisti a um documentário no Discovery Channel, trazendo novas informações novas e explicando melhor a natureza dos Sprites.
O que torna essa história de uma década interessante é justamente a transposição da descrição em um conto de ficção, que muito estimulou minha imaginação na época em que li, para um fenômeno natural, diferente mas não menos impressionante do que aquilo que o conto descrevia. É o processo científico, sempre trazendo novidades e tornando o mundo cada vez mais espantoso.