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E ainda assim... Negar a sucessão temporal, negar o Eu, negar o universo astronômico, são desesperos aparentes e consolos secretos. Nosso destino não é assustador por ser irreal; é assustador porque é irreversível e ferrenho. O tempo é a substância de que sou feito. O tempo é um rio que me arrebata, mas eu sou o rio; é um tigre que me devora, mas eu sou o tigre; é um fogo que me consome, mas eu sou o fogo. O mundo, infelizmente, é real; e eu, infelizmente, sou Borges.
Borges, Nueva refutación del tiempo.
Um comentário:
Que ótima reflexão para terminar o ano! E vc, como está? Na UCPEL? Que legal! Gostando? Abração e um bom ano para ti!
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